Os meses de agosto e setembro são marcados pela falta de chuva no Brasil, causando um clima seco e com as temperaturas mais elevadas comparadas a todos os períodos do ano. Isso ocorre devido à estiagem prolongada e intensa apresentada nesses meses.

No Brasil, o homem, aproveitando-se desse período da natureza, realiza queimadas por razões muitos variadas, como a limpeza de pastos, preparo de plantios, desmatamentos, colheita manual de cana-de-açúcar, vandalismo, disputas fundiárias, protestos sociais, etc. Porém, promovem esse ato de forma negligente e irresponsável, causando assim, grandes incêndios florestais e vegetais descontrolados.

As queimadas, no contexto local, destroem a fauna e flora, empobrecem o solo, reduzem a penetração de água no subsolo, ocasionam a perda de morada de animais silvestres e, em muitos casos, as queimadas causam tragédias maiores como mortes e acidentes que colocam em risco a vida de pessoas e de animais domésticos, além da perda de propriedades. Dentro do contexto regional, as queimadas causam poluição atmosférica, acarretam prejuízos à saúde de milhões de pessoas e, também, alteram ou podem até mesmo destruir ecossistemas. Em âmbito global, elas são associadas com modificações da composição química da atmosfera e mesmo do clima do planeta.

Em 2021, o Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Acre atuou em cerca de 4.460 incêndios florestais e em vegetações com 8.818 focos e grande parte iniciado por incêndios criminosos e irregulares. Entretanto, este é um número menor comparado ao ano de 2020 que teve 5.295 ocorrências computadas, com 9.053 focos, segundo os dados via satélite de referência do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Especiais) dentro do período de 01 de janeiro ao dia 03 de novembro.

Muitos incêndios de grandes proporções foram notificados ao CBMAC, dentre eles, e em destaque, o incêndio nas áreas da empresa Embrapa. Os bombeiros militares do Estado do Acre atuaram nessa ocorrência por 15 dias, realizando o controle das chamas e monitoramento da área, tendo cerca de 25 hectares atingidos.

Há ênfase no mês de agosto, período mais quente e com incêndios mais recorrentes. Nesse mês, em 2021, houve um total de 1.483 ocorrências no Estado do Acre.